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Juó
Bananére
(Pindamonhangaba, SP 1892
- São Paulo, SP 1933), pseudônimo de Alexandre Ribeiro Marcondes
Machado. Cursou Engenharia Civil na Escola Politécnica de São Paulo,
entre 1913 e 1917. Aliou à carreira de engenheiro civil a
colaboração em periódicos, para os quais escreveu crônicas e poemas
em linguagem macarrônica, misturando italiano e português. Em 1911,
criou "As Cartas d'Abax'O Piques", seção de crônicas em que imitava
a fala dos imigrantes italianos do bairro da Bela Vista,
popularmente chamado Bixiga, na revista paulista "O Pirralho",
dirigida por Oswald de Andrade. Terminou demitido da revista em
1915, devido à sátira que escreveu a discurso de Olavo Bilac na
Faculdade de Direito; tornou-se então redator da página
"Sempr'Avanti!!" da revista quinzenal "O Queixoso". Em 1917 voltou a
trabalhar em "O Pirralho", escrevendo a página "O Féxa". Foi criador
e redator de "O Diário de Abax'o Piques", periódico semanal, em
1933. A poesia de Juó Bananere costuma ser relacionada à
primeira geração do Modernismo, mas ele criou poemas em uma língua
própria, o 'paulistaliano', segundo Monteiro Lobato, com a qual
satirizou acontecimentos políticos e sociais do começo do século XX.
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