FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA

 


Manifestação contra o Eixo, 1942. Rio de Janeiro (RJ).
Arquivo Diana Oliveira Maciel

Porta-vozes de Hitler

Partido nazista brasileiro tinha hierarquia, organização nacional e jornais que divulgavam as notícias e a ideologia do III Reich
Ana Maria Dietrich


A primeira filial do partido nazista fora da Alemanha foi fundada no Brasil, em 1928. O alvo deste agrupamento político – que permaneceu ativo durante dez anos, sem ser incomodado pelas autoridades brasileiras – era a comunidade alemã estabelecida no país. A quase totalidade dos participantes era de alemães natos, considerados “puros” do ponto de vista da teoria racial divulgada por Hitler. Em seu auge (1937), o partido somou 2 900 integrantes, configurando-se como o maior grupo de nazistas “de carteirinha” fora da Alemanha. Muito bem organizados em seus uniformes marrons, os membros do partido obedeciam a uma hierarquia interna, apresentando-se com chefes nacionais, regionais e locais. Além disso, havia organizações paralelas, como a Juventude Hitlerista, a Associação Nazista das Mulheres e a Frente Alemã de Trabalho. Suas sedes se espalhavam por 17 estados brasileiros, com concentração maior nas regiões sul e sudeste, sendo São Paulo a sede nacional. Uma das fontes mais ricas em detalhes e material iconográfico que se tem hoje do movimento é o jornal Deutscher Morgen (Aurora Alemã), auto-proclamado “folha oficial do Partido Nazista no Brasil”. Este não foi o único periódico nazista a circular no Brasil. No Rio de Janeiro, nos anos 1930, era publicado um jornal cujo título expressava de forma cabal seu conteúdo: O Nazista. No Rio Grande do Sul, outra publicação – Para o terceiro Reich – trazia as últimas notícias da Alemanha de Hitler. Mas, entre todos, foi o Aurora Alemã que teve maior periodicidade e permanência. Com toda a simbologia nazista – águia e suástica – mostrada de forma explícita já na capa, o periódico começou a ser editado um ano antes da ascensão de Hitler, em março de 1932, e parou de circular somente no final de 1941, no auge da Campanha de Nacionalização varguista, quando foram proibidas publicações impressas em língua estrangeira. O jornal, cuja redação se localizava, nos primeiros anos, no bairro da Mooca, em São Paulo, noticiava fatos ligados ao III Reich, divulgando pronunciamentos de Hitler e outros expoentes do governo nazista. Em maio de 1936, a reportagem da capa, com uma eloqüente manchete (“Os portadores do bacilo da peste vermelha do mundo: os judeus”) atribuía aos israelitas a culpa da guerra civil espanhola. Outra matéria, de março de 1932, publicava uma canção anti-semita, na qual os judeus eram vistos como guardiões de potes de ouro, ladrões de câmbio e traficantes opressores do povo trabalhador. Na letra da música, Hitler aparecia como o salvador que teria vindo “acordar” a Alemanha, quebrando as correntes com que os judeus tolhiam o povo e o país. Além da divulgação das idéias nazistas, o Aurora Alemã relatava o que acontecia na filial do partido no Brasil e trazia anúncios convidando os leitores a colaborarem financeiramente com o Auxílio de Inverno Alemão, um programa de ajuda para os setores mais pobres da sociedade germânica. Um dos indícios que setores civis da comunidade alemã estavam envolvidos com o partido, mesmo que indiretamente, é a quantidade de anúncios presentes ao longo destes dez anos de circulação. Alfaiatarias, relojoarias, consultórios dentários, confeitarias, restaurantes, bares, tinturarias, livrarias, bancos e cervejarias, como a Brahma e a Antártica, eram alguns dos fiéis anunciantes. Paulatinamente, o jornal foi sofrendo as conseqüências da Campanha de Nacionalização deflagrada por Vargas, e abrasileirando-se pela ação do onipresente Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Em setembro de 1941, o titulo em alemão foi retirado da primeira página. Em novembro, o jornal, agora editado totalmente em português, passou a se denominar Aurora Ilustrada. Demorou pouco para a extinção completa da publicação. Em dezembro do mesmo ano, o Aurora Alemã, de triste memória, deixou de circular. 

Ana Maria Dietrich é doutora em História Social pela USP com a tese Nazismo Tropical? O Partido Nazista no Brasil, pesquisadora do Núcleo de Estudos de História Oral (USP) e professora de História Contemporânea da Universidade Federal de Viçosa (MG)
Texto publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional - 01/05/2007


Comemoração pelo 2° aniversário do rompimento de relações do Brasil com o Eixo, 1944.
Rio de Janeiro (RJ).
Arquivo Diana Oliveira Maciel

Alunos fora do Eixo

Durante a Segunda Guerra Mundial, estudantes brasileiros ganharam as ruas e conquistaram mais do que a esperada adesão da população
Angélica Müller


O Correio da Manhã, em sua edição de 1º de julho de 1942, anunciava um ato de repúdio ao fascismo que se espalhava pela Europa e se estendia para os lados de cá do Atlântico. O jornal definia a passeata a ser promovida dali a poucos dias por estudantes universitários como uma “reafirmação da fé no destino da democracia” e a edição do dia seguinte previa mais de doze mil jovens nas ruas da capital. O posicionamento contra o Eixo (grupo formado pela Alemanha, Itália e Japão), em plena a Segunda Guerra Mundial, foi sem dúvida o primeiro grande momento protagonizado pela UNE – como é conhecida a União Nacional de Estudantes do Brasil, entidade representativa da classe estudantil que fora criada pouco antes, em dezembro 1938.  No início da Guerra, o governo de Getúlio Vargas anunciara sua “neutralidade” frente ao conflito.  Mas a verdade é que internamente dois grupos mediam forças no país: Osvaldo Aranha, Ministro das Relações Exteriores, o Ministro da Justiça, Arthur de Souza Costa, além do Prefeito do Distrito Federal, Henrique Dosdworth, e do Interventor do Rio de Janeiro, Ernani do Amaral Peixoto, estavam do lado dos países Aliados (França, Inglaterra e Estados Unidos). Já o Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra e seu Chefe de Polícia, Filinto Müller, simpatizavam com os países do Eixo. Em 11 de junho de 1940, a bordo do encouraçado Minas Gerais, Vargas faz um discurso para a cúpula da hierarquia militar brasileira. Sem referência direta à Alemanha, o presidente, no entanto, elogia as “nações fortes que se impõem pela organização baseada no sentimento da Pátria e sustentando-se pela convicção da própria superioridade”. A repercussão foi imediata, levando o ministro Osvaldo Aranha a se pronunciar a favor dos Aliados. Mas durante o ano de 1941, o país progressivamente se integra à órbita norte-americana. Esse alinhamento se completa durante a III Conferência de Chanceleres das Repúblicas Americanas, realizada no Rio de Janeiro depois da entrada dos Estados Unidos na guerra (em decorrência do ataque japonês à base naval americana de Pearl Harbor, no Havaí). Ao final da reunião, o Brasil rompe relações políticas, diplomáticas, comerciais e militares com o Eixo.  Dentro desse novo quadro, os estudantes brasileiros, com amparo do ministro Osvaldo Aranha, organizaram uma grande passeata, marcada para o dia 4 de julho de 1942, não por acaso dia da independência dos Estados Unidos. José Gomes Talarico, na época Presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), relembra que a ajuda para a manifestação vinha de todas as partes. Além de vários embaixadores, as sociedades carnavalescas, por exemplo, emprestaram seus carros e alegorias. Os jornais Correio da Manhã e O Globo também aderiram, numa clara posição antifascista. Daí as inúmeras reportagens apresentadas pelo primeiro jornal sobre a passeata, desde sua organização. A passeata contou com a participação de milhares de jovens que combateram a política traçada pela Alemanha, Itália e Japão. Hélio de Almeida, presidente da UNE em 1942/43, relata que procuraram o chefe de polícia, Capitão Filinto Muller, para pedir licença para a realização da passeata, que iria da Praça Mauá até o Palácio Monroe. A permissão foi negada, pois o capitão considerou o ato subversivo. O passo seguinte foi procurar o Ministro interino da Justiça, embaixador Vasco Leitão da Cunha, um democrata que, inclusive, já servira na Embaixada do Brasil em Washington. Contrariado com a atitude de seu subordinado hierárquico, o embaixador não só deu a permissão, como prometeu que a polícia não interviria no assunto. Hélio de Almeida conta que, na véspera da passeata, Filinto Müller foi ao gabinete do ministro para reforçar sua oposição: “Houve uma discussão que chegou às vias de fato. Foi um escândalo tremendo e depois da passeata, realizada com pleno sucesso, o Dr. Getúlio Vargas, num momento de lucidez, demitiu o senhor Filinto Müller”.  A discussão entre Vasco Leitão e Filinto Müller acarretou a prisão do ex-Chefe de Polícia, determinada pelo próprio Vasco Leitão. Além do Chefe de Polícia, o Ministro da Justiça, Francisco Campos, e o Chefe do DIP, Lorival Fontes, foram exonerados dos seus cargos, em 17 de julho daquele mesmo ano. No dia seguinte à passeata, a primeira página do Correio da Manhã estampava: “Unidos em vibrante demonstração de civismo, os estudantes levaram a efeito, ontem, um desfile em que significaram sua condenação política do Eixo”. O periódico ressaltava os “magníficos exemplos de patriotismo [...] conhecidos através das campanhas desenvolvidas no terreno político pelos jovens que sabem amar a Pátria e defendê-la em qualquer emergência”. Reconhecia nos estudantes “uma força indestrutível, unida e coesa em torno de princípios democráticos que sempre nortearam os ideais de nossos maiores”. Várias passeatas se seguiram e, em 18 de agosto, na Praça da Sé, em São Paulo, logo após o afundamento de cinco navios brasileiros pelos alemães na costa dos Estados da Bahia e Sergipe, nova grande manifestação foi planejada pelos estudantes de Direito. No mesmo dia, os estudantes universitários fizeram uma investida contra o Clube Germânia do Rio de Janeiro. Em 22 de agosto, após uma reunião ministerial, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo. Com a guerra declarada, a política de nacionalização de Vargas foi posta em prática com o intuito de controlar os núcleos de origem alemã, italiana e japonesa no país. As sociedades e as escolas eram os principais focos. O Clube Germânia, localizado na Praia do Flamengo n. 132, foi fechado pelo governo. A ocupação do Clube pela UNE tem versões um pouco distintas, segundo revelam os depoimentos de José Gomes Talarico e Hélio de Almeida. Segundo Talarico, o Presidente da UNE, Paes Leme, escreveu uma petição pedindo a ocupação do Clube Germânia. De posse do documento, os estudantes foram até o presidente Getúlio Vargas que, após a conversa, despachou favoravelmente o pedido. A delegação foi então a Gustavo Capanema, ministro da Educação: “[fomos pedir] que ele designasse uma comissão para fazer o levantamento, que era riquíssimo! Quadros, bronzes, o que você pode imaginar tinha o clube...” A partir desse momento, a UNE e as demais entidades estudantis instalaram-se no Clube Germânia: “o primeiro andar foi dado ao Diretório Central, inclusive para o restaurante, os locais para prazeres. O segundo andar para UNE e o terceiro para a CBDU”. Hélio de Almeida apresenta outra versão. Para o sucessor de Paes Leme, o grupo, composto por ambos, mais Talarico e dois filhos de Oswaldo Aranha, o Vavau Aranha e o Euclides Aranha Neto, procurou os diretores do Clube e deu-lhes um prazo de cinco dias para desocuparem o prédio. Ao fim deste prazo, encontraram o edifício inteiramente desimpedido e fizeram a ocupação. Ainda segundo Hélio de Almeida, somente depois da ocupação os dirigentes foram até o ministro, que cedeu as instalações do Clube à UNE, sob o controle de um administrador, nomeado pelo  ministério. Para além das versões apresentadas, o importante a destacar é o status que a entidade adquiriu, principalmente depois das manifestações anti-Eixo. Passando pelo pedido a Vargas ou pela ocupação direta da sociedade alemã, a UNE evidenciou sua força política no contexto do Estado Novo, tanto que o prédio ficou ocupado pela entidade até seu incêndio, em 1964, pelos militares e, hoje, às vésperas de comemorar seus 70 anos, a UNE está em processo de retomada do seu terreno. Vale observar que, a partir de então, as reivindicações dos estudantes, restritas anteriormente ao círculo universitário nos primeiros anos de vida da entidade, ganharam dimensão e adesão do povo, que também saiu às ruas para lutar pelo posicionamento do país contra os governos do Eixo. O movimento estudantil organizado saía às ruas para, pela primeira vez, ganhar peso e respaldo da sociedade brasileira.

Angélica Müller é coordenadora-técnica do Projeto Memória do Movimento Estudantil e autora de Entre o Estado e a Sociedade: a política de juventude de Vargas e a fundação e atuação da UNE durante o Estado Novo, Rio de Janeiro: UERJ, 2005.
Texto publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional - 01/05/2007

 


Comício contra a 5ª coluna na Praça da Sé, 1945. São Paulo (SP).
Arquivo Diana Oliveira Maciel

Soldados de Mussolini

Por meio de uma bem montada rede de propaganda, governo italiano se empenhou em manter imigrantes no Brasil vinculados à sua pátria e ao credo fascista
João Fábio Bertonha

Entre as duas guerras mundiais, um novo regime, o fascismo, conduziu os destinos da Itália. Para os emigrantes daquele país espalhados pelo mundo, o fascismo trouxe uma novidade, ou seja, um renovado empenho do governo de Roma para manter os emigrados ligados a seu país de origem e, com isso, conseguir benefícios para a Itália no jogo de poder internacional. A idéia de que os italianos na diáspora (e seus descendentes) deveriam manter laços com a pátria distante e defender seus interesses não era propriamente nova. O assunto já era discutido no século XIX. O que o regime fascista fez foi potencializar esta idéia e tentar colocá-la em prática, não sem contradições e problemas. No Brasil, a idéia fascista era que os imigrantes, seus filhos e netos deveriam permanecer vinculados à Itália, obedecendo às ordens de Roma quando fosse necessário, mas, na verdade, nunca se pensou em utilizar essas pessoas como uma “quinta-coluna” para, por exemplo, uma possível invasão italiana do Brasil. O governo de Mussolini sabia que a possibilidade de os imigrantes influenciarem realmente a política externa brasileira era bem remota. Ainda assim, foi feito todo um esforço para reuni-los em torno da bandeira italiana e do credo fascista. Para tanto, os admiradores de Mussolini agiram de várias formas. Em primeiro lugar, foram instalados no Brasil órgãos do próprio partido fascista, como os fasci all’estero (grupos de militantes no exterior), os círculos do Dopolavoro (com a função de organizar o tempo livre dos trabalhadores) e outros. Os fascistas também conseguiram controlar quase todas as escolas e associações da colônia italiana e o grosso da imprensa, incluindo o importante jornal Fanfulla, de São Paulo. Através dessa rede, difundiam a sua mensagem às centenas de milhares de imigrantes e aos seus descendentes. Havia farta distribuição de jornais, livros e impressos que defendiam Mussolini e divulgavam suas realizações. Exibição de filmes, manifestações patrióticas e outras atividades assistenciais e culturais também faziam parte da estratégia de propaganda. Se a rede fascista conseguiu se expandir substancialmente no Brasil, o retorno, em termos de adesões reais, no entanto, foi pequeno. Não mais do que algumas dezenas de milhares de italianos se filiaram a órgãos fascistas. De modo geral, operários, camponeses e a maioria dos descendentes eram menos inclinados a participar dessas atividades. Depois de certo tempo, a propaganda do regime fascista começou a sair dos limites das coletividades italianas e se dirigir à sociedade brasileira como um todo, com a distribuição de filmes, livros, jornais etc. Filmes italianos começaram a ser exibidos nas principais cidades do país, artigos e fotografias eram distribuídos em massa para jornais locais, e foram criados programas de rádio. Em geral, a sociedade brasileira recebia bem esta propaganda, vendo o fascismo de maneira favorável. O movimento integralista também cultivou imensa simpatia e laços sólidos com o regime de Mussolini. Roma chegou a subvencionar o movimento por algum tempo, e muitos filhos ou netos de italianos ingressaram nas fileiras do integralismo. Curiosamente, eles o fizeram tanto por causa da origem – que os fazia ver com admiração e respeito o que acontecia na pátria dos antepassados – como por se considerarem, acima de tudo, brasileiros. Para eles, militar aqui num movimento nacionalista semelhante ao fascismo italiano era uma maneira de reafirmar sua brasilidade sem perder os vínculos com suas raízes. Assim, os italianos e seus filhos residentes no Brasil não se tornaram todos fascistas. No entanto, mesmo sendo poucos os que efetivamente militaram no movimento (e menos ainda no movimento antifascista), não resta dúvida de que a questão foi central na vida dos italianos naqueles anos e que o regime teve alguma popularidade. Além disso, quando o Brasil declarou guerra à Itália, em 1942, muitos italianos e descendentes sofreram perseguições. Embora de menor monta que as infligidas a imigrantes alemães e japoneses, essas represálias não deixaram de ser penosas, provocando marcas na comunidade.

João Fábio Bertonha é professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá/PR, pesquisador do CNPq e autor, entre outros livros, de
O fascismo e os imigrantes italianos no Brasil. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001
Texto publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional - 01/05/2007


Oswaldo Aranha discursando quando do rompimento do Brasil com o eixo em 1942
Foto da FGV - CPDOC

Um Herói nunca morre!

Simples História de um Homem Simples
As Origens
Força Expedicionária Brasileira
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Homenagens aos Heróis
Saudade
A vida felizmente pode continuar... 

 

 

 

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