FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA

 

TRAVESSIA DO ATLÂNTICO


 As barcas LCI (Landing Craft Infantary)
Foto escaneada do livro "A Epopéia dos Apeninos" - José de Oliveira Ramos

No dia 22 de setembro, às doze horas e quinze minutos, o comboio se pôs em marcha lenta, rumo à saída da barra. Ao passarmos pela frente da Escola Naval, podíamos avistar, mesmo sem binóculo, o relógio da Central do Brasil, marcando 12,25, apesar do tempo estar um pouco enfumaçado e a visibilidade não ser das melhores. Às doze e quarenta e cinco transpusemos a barra. Foi um momento de emoção. Deixávamos para trás nossa Pátria. Contemplávamos com longos olhares os morros e as praias do Rio de Janeiro e cada um de nós evocava gratas passagens que eles nos recordavam. As lembranças dos entes queridos que ficavam por trás daqueles montes nos vinham nítidas à memória. Quando voltaríamos a rever essas praias saudosas? Quando voltaríamos a transpor essa barra, de regresso à Pátria? Admirávamos o "Gigante Deitado", que o Cmte. Raul Reis descreveu pelo microfone de bordo, desde o morro da Gávea, passando pelo Corcovado, até o Pão de Açúcar. Para' a maioria de nossos homens, esta era a primeira vez que faziam uma viagem transatlântica e sentíamos um misto de tristeza e de entusiasmo, de emoção da partida e de curiosidade pelo que íamos vendo. E assim fomos nos afastando da Baía de Guanabara, onde ficavam os sonhos de após-guerra. O que nos interessava agora era a guerra em si. Com decisão e coragem enfrentamos a primeira etapa, que era justamente a travessia do Atlântico, para irmos lutar ao lado de nossos irmãos. O General Cordeiro de Faria, aproveitando o momento psicológico, dirigiu um belo discurso a suas tropas, falando sobre a significação daquele instante, em que deixávamos nossa Pátria, nossos parentes e amigos, para irmos defender o nome do Brasil e a liberdade dos povos oprimidos pelo nazi-fascismo.

"Lá vem peixe - Lá vem tu-tu-tu"

O que chama a atenção no início, a bordo, são as freqüentes ordens transmitidas a todo o navio pelos inúmeros alto-falantes, em inglês para os americanos e em português para os brasileiros. As ordens são precedidas por um agudo silvo. Os soldados logo aprenderam que depois do apito viria uma novidade e gritavam: "Lá vem peixe, lá vem peixe!" Uma das ordens mais comuns em inglês era para este ou aquele oficial ou marinheiro telefonar para o telefone 222, terminando as ordens pelo infalível "two-two-two". Nossa rapaziada achava graça naquela história e gritava: "Lá vem o tú- tú-tú! Olha o tú-tú-tú!"

"Lixo, Lixo"

Muitos soldados se divertiam na popa do navio, formando duas alas entre as quais passavam os marinheiros, encarregados de levar o lixo para o depósito. Os pracinhas gritavam: Lixo, lixo!, dizendo outras palavras inventadas, fingindo que falavam inglês. Os americanos achavam graça e pensavam que lixo queria dizer "abram passagem" ou cousa parecida. Na volta os próprios americanos vinham gritando também: "Lixo, lixoo!"

Confusões

Houve muitas confusões interessantes, entre brasileiros que não sabiam falar bem o inglês e americanos que sabiam o português. O nosso dentista do QG, o Ten. Paulino de Meio, estava comendo um bombom, perto de um americano. Querendo ser amável e não sabendo ao certo como era bombom em inglês, disse assim: "Want you good-good?" Ao que o americano lhe respondeu em ótimo português: "Não obrigado, não gosto de bombom". Uma outra foi com o Sargento Enfermeiro Menésio dos Santos, que desejava visitar a enfermaria de bordo. Dirigiu-se à sentinela, com a frase já engatilhada: "Permit I visit the enfermar?" Respondeu-lhe a sentinela, que havia passado vários meses no Rio de Janeiro: "Não pode ser, cai fora".

O objeto mais estimado a bordo

Havia a bordo um objeto de que não nos despregávamos um minuto. Cada homem, desde o General até o mais modesto soldado recebeu um. Usavámo-lo o dia inteiro e à noite dormíamos com ele bem junto. Era tratado com o máximo carinho e respeito. O homem que fosse apanhado sem ele seria severamente punido. Quem não estivesse com ele bem amarrado ao corpo durante a visita do General Alarm, ia direto para o xadrez. Tratava-se do salva-vida. Apesar da segurança quase absoluta em que viajávamos, todas as precauções eram tomadas para qualquer emergência. Exercícios diários punham a tripulação e a tropa em condições de enfrentar qualquer situação, na maior ordem e disciplina. Para evitar correrias atrás de salva-vidas, estes foram distribuídos no início da viagem e eram de uso obrigatório e permanente. O modelo de salva-vidas que a tropa usava era bem cômodo, sob forma de um colete, de fazenda impermeável, recheado de penas, com gola, preso da cintura ao pescoço, por várias tiras, reforçadas por um cinturão de lona. Por todos os cuidados de que nos víamos cercados, num navio eriçado de canhões e metralhadoras, comboiado pelos poderosos vasos de guerra, aviões e dirigíveis, o que se notava de extraordinário e assombroso, era o sentimento de segurança e despreocupação de que todos estávamos possuídos. Creio mesmo que no caso de um torpedeamento real, até à última hora, todos haveriam de pensar que era um inocente exercício e embarcariam nos botes de salvamento entre sorrisos e gracejos. De onde estou escrevendo esta crônica, posso contemplar a sala de estar dos oficiais. Um tenente pianista executa um tango ou fox, cercado por seus colegas. Muitos jogam cartas, saboreando seus cigarros. Outros conversam ou lêem jornais e revistas, aguardando a hora do "Cabaré da Cobra" e do cinema. As fisionomias em geral são alegres e sorridentes. Raras são as sérias e contemplativas. Nenhuma porém é triste ou apreensiva. Nos camarotes dos oficiais também o que impera é a "blague", a anedota, o "lero-lero" despreocupado. Parece que somos turistas a passeio e não soldados a caminho de um campo de batalha. No fundo, todos nós sabemos o que nos espera. Já temos conhecimento das ações em que se empenharam nossos irmãos de armas, que estão frente à Linha Gótica. O jornal de bordo, hoje, por exemplo, publicou as declarações de Churchill, sobre a continuação da guerra em 1945. Nada disso porém altera o ânimo e o moral da tropa. Essa calma, esse espírito esportivo, esse ânimo, com que seguem para o "front" as tropas brasileiras, se transformarão diante do fogo inimigo, em bravura, eficiência e heroísmo.

O General mais temido

O General mais temido por todos nunca foi visto, mas... quando ele se anunciava por uma estridente campainha, todos corriam para os postos de combate, apertavam seus salva-vidas, apanhavam os bornais e cantis, paravam de comer, de conversar, de qualquer cousa que estivessem fazendo, ficando silenciosos e imóveis, aguardando suas ordens. Era o "General Alarm", cujo nome figurava em tabuletas vermelhas, colocadas embaixo de campainhas também vermelhas, espalhadas por todo o navio. Sabíamos bem que esse general era da mesma família dos grandes General Motor-Car e General Eletric, mas agradava-nos a brincadeira de considerar o "Alarme Geral" como um lendário general que comandava o navio em certas horas. Enquanto o estridente General Alarm se anunciava em horas marcadas para os exercícios de combates e salvamento, ainda era recebido com respeito e certa benevolência. O que ninguém desejava era sua aparição intempestiva, em hora não combinada, sobretudo à noite, o que poderia significar alguns aborrecimentos em nossa amena e tranqüila viagem.

E' um Infeliz...

No regulamento de bordo existe um item referente ao indivíduo que por descuido (ou de propósito...) caia ao mar, que está assim redigido: "0 homem que cair ao mar é um infeliz, pois o navio não para afim de recolhê-lo". A disciplina do navio era também rigorosa no que dizia respeito à freqüência do refeitório, para o que foram distribuídos cartões, que cada qual devia exibir para entrar na sala de refeições. Se algum pracinha perdesse o cartão, não teria direito à refeição. Surgiu logo uma piada sobre isso: "Qual a semelhança entre o homem que cai ao mar e o que perde o cartão do refeitório?" A resposta era: Ambos são infelizes.

O "Nabisco"

O jantar que nos serviam era bem brasileiro, mas o almoço tinha cunho genuinamente americano, cheio de iguarias desconhecidas para nós. No .primeiro almoço nos foi servido um certo "Nabisco Shredded Wheat", que é uma espécie de biscoito de farinha de trigo, porém apresentado sob forma de um fio enrolado sobre si mesmo, como se fosse uma bobina, e muito seco e duro, parecendo palha sintética. Os comentários surgiram inúmeros, não só quanto ao nome Nabisco (iniciais da "National Biscuit Company"), que ficou célebre, como em relação ao gosto, apresentação e modo de ser comido. O Dr. Sá Nogueira, 1º Tenente Médico do Batalhão de Saúde, que era médico civil em São Paulo, atrapalhou-se seriamente com o Nabisco. Ao abrir o pacote, deu com o rolo de palha seca. Não teve dúvida. Salpicou de açúcar e provou. Não gostou. Experimentou outra porção com manteiga e sal. Também não ficou bom. Pos um pedaço puro na boca . Piorou muito. Ia desistindo de comer o malfadado Nabisco, quando o Cap. Médico Dr. Álvaro Pais, que já havia estado em Norte América, explicou-lhe que aquilo era para ser embebido em leite, com o qual formava uma papa saborosa. Noutros almoços vieram novas modalidades de Nabiscos, o "Corn Flakes", o "Rice Krispies", etc., que foram agradando a este ou aquele paladar. Já então todos sabíamos que era para se fazer a papa e ninguém mais queria comer o Nabisco em seco.


Pracinhas e oficiais da FEB comemorando a passagem do Equador.
Imagem escaneada do livro "A Luta dos Pracinhas" - Joel Silveira e Thassilo Mitke

A Passagem do Equador

E' um acontecimento tradicionalmente comemorado a passagem do Equador. Embora viajássemos em um transporte de guerra; nem por isso se deixou de render homenagem a Netuno, que veio batizar seus novos súditos. A comemoração da passagem da linha do Equador estava marcada para as quatorze horas e meia do dia 27 de setembro, quando foi anunciada pelos alto-falantes a presença a bordo de Sua Majestade o Rei Netuno, com toda sua corte. À frente do cortejo vinha o embaixador de S.M., abrindo alas e anunciando aos quatro ventos a chegada do Rei dos Mares, que não era outro senão o próprio Cmte. Raul Reis, todo fantasiado. O Capitão de Corveta de nossa Marinha, Paulo Antônio T. Bardy, fantasiado de pirata, com uma venda num dos olhos, era o embaixador. O Major Saldanha da Gama e o Cap. Amador Cisneiros, envoltos nas cortinas dos camarotes dos oficiais, usando cabeleiras feitas de cordas desfiadas, eram o advogado de defesa e o promotor da Corte. O Major Médico Dr. R. Allison era o médico do Rei. O capelão de bordo era também o sacerdote de S.M. Vários outros oficiais, marinheiros e soldados figuravam as demais personagens da grande Corte. Após os cumprimentos do Gen. Cordeiro de Faria e das altas autoridades, houve entretanto um "sururu" qualquer, o Rei Netuno "queimou-se" e fez várias prisões, levando todos para serem julgados. O julgamento foi amistoso, sendo os réus absolvidos. Vários neófitos foram batizados. Em homenagem ao fato, o Cmte. do navio mandou distribuir dez maços de cigarros a cada soldado. A todos os oficiais foram entregues diplomas pelos quais adquiriam o direito de serem respeitados pelas baleias, serpentes dos mares, botos, tubarões, lagostas e caranguejos. Era um belo diploma, que todos guardaram carinhosamente, como recordação dessa histórica travessia. O Gen. Falconière, que viajava noutro transporte do comboio, telegrafou ao Gen. Cordeiro de Faria nos seguintes termos: "Cumprimentando pela passagem do Equador, comunico situação e disciplina tropa ótima. Somente os artilheiros de bordo tiveram de ser amarrados em suas camas, com receio grande choque de encontro linha do Equador. (a) General Falconière." O Cmte. no dia 26 havia anunciado que daria um premio de cem dólares ao soldado que primeiro avistasse a linha do Equador. Para mostrar o espírito jovial do americano, devemos citar o boletim de bordo, documento oficial, assinado pelo Cmte. e Imediato, que publicou o seguinte: "Item 2 - Passagem do Equador - Avisamos a tropa em geral que amanhã o navio atravessará a linha do Equador. Devem ser tomadas precauções especiais, pois muitas vezes se sente um choque muito violento, podendo mesmo dar-se o caso da hélice embaraçar-se na referida linha, se a passagem não for feita com muito cuidado".

"A Epopéia dos Apeninos" - José de Oliveira Ramos



O ritual do batismo, na passagem do Equador.
Imagem escaneada do livro "A Luta dos Pracinhas" - Joel Silveira e Thassilo Mitke

Quem vai para a guerra deve deixar sua vida em ordem e seus negócios bem definidos. Foi outro grande trabalho desenvolvido pelas seções competentes o de atualizar as declarações de herdeiros, a lista de pessoas com que o Comando se devia comunicar e das pessoas encarregadas de receber a parte de vencimentos paga no Brasil e movimentar os depósitos bancários. Tudo isso representava enorme tarefa, mas afinal as relações de correspondentes, herdeiros e representantes foram cuidadosamente organizadas e pudemos partir despreocupados quanto à manutenção de nossas famílias. De acordo com os regulamentos em vigor, os militares em tempo de guerra recebem os vencimentos acrescidos de um terço do soldo, chamado terço de campanha. Tratando-se de uma guerra no estrangeiro recebem o triplo desses vencimentos. O cálculo de nosso pagamento era feito em dólares, à base de treze cruzeiros, transformados depois em cruzeiros, à razão de vinte cruzeiros para cada dólar, o que acrescia nossos vencimentos de sete cruzeiros para cada dólar cambiado. Assim, por exemplo, um capitão que em tempo de paz recebia dois mil seiscentos e dez cruzeiros, passaria a receber 2 610 cruzeiros mais 580 (terço de campanha), ou sejam 3 190, cujo triplo dá 9 570 cruzeiros ou sejam 736,15 dólares. Cambiados para nossa moeda, a 20 cruzeiros o dólar, temos 14 723,00 cruzeiros, que foram os vencimentos efetivamente pagos a um capitão, durante a campanha. Os demais postos eram pagos na mesma proporção, variando do general de divisão, com 32 713,80 cruzeiros, ao soldado que recebia 1 669,60 cruzeiros. Os vencimentos foram divididos em três parcelas: uma, correspondente a um mês de vencimentos de tempo de paz, que era paga à família, no Brasil; outra, correspondente mais ou menos a um mês de vencimentos comuns, paga em liras de ocupação, aos expedicionários, na Itália; a terceira, compreendendo o restante, deduzidos os descontos de consignações, montepio, etc., que era depositada em banco, sob o título de "Fundos de Previdência", que poderia aguardar o regresso do expedicionário ou ser movimentada por seu representante autorizado. Como se vê, a FEB ia bem amparada pelo lado financeiro, dando margem a que os expedicionários terminassem a campanha com boas economias, o que aliás aconteceu a quase todos. Curioso é notar que até nesta questão de vencimentos, que desde o início foi claramente estipulada pelo Governo e sobre a qual nenhuma dúvida podia existir, os quinta-coluna disfarçados, os derrotistas e germanófilos achavam campo para suas atividades, inventando e espalhando boatos tendenciosos. Lançaram dúvidas sobre o processo de pagamento, inventaram que o Fundo de Previdência seria bloqueado ou pago em bônus de guerra, enfim uma série de invencionices tolas, que entretanto geravam confusão e aborrecimentos. Até mesmo oficiais inteligentes e que deviam estar melhor informados, diante dos boatos se deixavam levar pela descrença e foi com verdadeira surpresa que souberam que suas famílias estavam recebendo vencimentos, Fundo de Previdência, tudo em ordem. No final da campanha, ao regressarmos ao Brasil, verificamos que tudo saíra dentro das bases previstas e a liquidação de contas foi rápida, simples e satisfatória. Além dos elevados vencimentos, o Governo concedeu outras vantagens pecuniárias aos expedicionários, após a guerra, sob forma de isenção de impostos na compra de imóveis e financiamento de 100% pela Caixa Econômica, indo assim além da expectativa e pondo por terra os boatos derrotistas. Inegavelmente era a FEB, dentre as forças aliadas, a mais bem paga. Ganhávamos mais do que os americanos e ingleses, ultrapassando neste ponto a grandiosidade e magnificência dos mais ricos exércitos do mundo.

"A Epopéia dos Apeninos" - José de Oliveira Ramos



Comboio de 56 barcaças, em formação de três filas, transportando os dez mil brasileiros
do segundo escalão através do mar Tirreno. Foto de Horácio Coelho,
escaneada do livro "A Epopéia dos Apeninos" - José de Oliveira Ramos

Todos os expedicionários levavam, numa corrente ou cordão metálico, dependurado ao pescoço, duas placas de identidade, de metal amarelo, com os dizeres em relevo. Nela constavam o nome, número de identificação, tipo sanguíneo, ano da vacinação anti-tetânica, e as iniciais Of para os oficiais e Pr para as praças; acima do nome a palavra "Brasil". A seção do Quartel General, encarregada de fornecer as placas, lutou penosamente para que ninguém fosse desfalcado dessa importante prova de identidade. A ordem de usar as placas no pescoço era terminante. Apesar de toda severidade e fiscalização, verificou-se que muitos soldados, no teatro de operações, não tinham a placa ou a deixavam no saco, entre sua bagagem. O resultado dessa falta de compreensão de muitos soldados, que a insistência e zelo dos comandantes não conseguiu vencer, foi que tivemos dezoito mortos desconhecidos, além de inúmeros outros a custo identificados pelo Pelotão de Sepultamento. Uma aplicação interessante da placa de identidade (justamente por isso tinha os dizeres em relevo) era de servir de matriz para a Impressão da identidade do ferido ou doente, na ficha de evacuação para os hospitais. As formações sanitárias regimentais receberam um pequeno aparelho portátil, onde se colocava a ficha, juntamente com a placa e, mediante pressão manual, imprimiam-se os dizeres na ficha. Era uma operação rápida, simples e segura, dispensando os informes do ferido, que muitas vezes não estava em condições de os prestar. Outra aplicação das placas era identificar os mortos, ao serem recolhidos pelo Pelotão de Sepultamento, e depois, ao serem enterrados, uma das placas era presa à cruz do túmulo e a outra acompanhava o cadáver.

"A Epopéia dos Apeninos" - José de Oliveira Ramos


Desembarque - da esquerda para a direita: Ten. Milton Pedro de Carvalho, Ten. José Artur Borges Cabral e um colega.
Foto de Horácio Coelho,  escaneada do livro "A Epopéia dos Apeninos" - José de Oliveira Ramos

Pagadoria Fixa

"Pelo Decreto Lei nº 5 976, de 10.11.43, a remuneração do militar combatente era o triplo dos vencimentos normais. Em decorrência deste dispositivo legal o pagamento dos militares da FEB era assim dividido: uma conta fixa em liras, correspondente a um vencimento, que era entregue pela Pagadoria Fixa ao Serviço de Fundos da Divisão que fazia sua distribuição por unidade. Uma cota, denominada de consignação, e equivalente a um vencimento, que era entregue à família do militar e, finalmente, uma terceira cota denominada de fundo de previdência, também equivalente a um salário, que era depositada na Caixa Econômica em nome do militar combatente, para ser levantada em seu regresso, ou entregue ao espólio, no caso de falecimento. Para pagamento da cota em liras, foi fixado um câmbio equivalente a 5 liras por um cruzeiro e 100 liras por um dólar americano. A tropa brasileira era uma das mais bem pagas, entre as demais tropas aliadas. Essa forma de pagamento, em que constava o denominado fundo de previdência, permitia aos combatentes, depois, no seu regresso, receberem o produto desta economia forçada, que lhes permitiria realizar alguma aplicação ou investimento. Infelizmente, a falta de preparo, a maneira como foi feita a desmobilização da FEB e a inexistência de um órgão ou serviço que orientasse os ex-combatentes no seu regresso à vida civil, fizeram com que essa forma inteligente de poupança não desse os resultados esperados."

"A FEB por um Soldado"
Joaquim Xavier da Silveira

Um Herói nunca morre!

Simples História de um Homem Simples
As Origens
Força Expedicionária Brasileira
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