FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA


Monte Castello - o Grande Desafio
Arquivo Gen. Tácito Theóphilo Gaspar de Oliveira

Não silenciaram as baterias no Natal

Durante toda a noite a artilharia nazista ecoou pelos vales dos Apeninos, e nos manteve acordados nas camas-rolos do quartel general avançado. O bombardeio começou no fim da tarde, mas desta vez não se tratava de um daqueles tiroteios vesperais, aritméticos e econômicos: nossa artilharia passou a responder logo depois, e sentíamos, de olhos abertos para escuridão do quarto, uma escuridão pesada e fria, quando as granadas explodiam perto, com um barulho de ferro rebentado e um estremeço violento em todas as paredes. Os calibres são vários, cada qual traz sua voz própria, e agora já é possível ao ouvido acostumado distinguir entre o som rouco do morteiro e o explodir metálico da artilharia pesada. "Os tedescos aproveitam a noite", me diz o tenente que está ao meu lado, recém-chegado do "front", e lá fora se espraia um luar claro como dia, uma lua redonda e muito branca, da brancura de neve, caindo sobre as montanhas e os múltiplos vales da região. Quando nos levantamos, na manhã seguinte, tudo em redor parece que foi encoberto por várias mãos de cal: a neve se acumula na entrada da casa onde estamos hospedados, e dezenas de pracinhas e "paisanos" italianos, afogados em mantas, abrem caminhos na coberta branca. O termômetro lá fora nos dá a temperatura de oito graus abaixo de zero. Impossível contar com as peças que trago sobre mim:"Sei que são muitas: camisas, roupa de lã, meias grossas americanas, galochas sobre botas acolchoadas; mas a verdade é que, apesar de todo este arsenal, o frio me sacode e me inutiliza. Ontem à noite uma granada atravessou a parede do modesto cinema da cidadezinha; e lá está o rombo,como uma cratera solta no espaço. Outros projéteis, dezenas deles, andaram cavando buracos pelas proximidades, e aqui e ali, nas fraldas dos montes ou sobre os campos, é fácil descobrir um pedaço de chão cavado sujando o branco muito puro. São oito horas da manhã quando me meto no "jeep", de pneumáticos protegidos por correntes muito grossas, e sigo pelos dificílimos e perigosos caminhos que levam até os postos mais avançados da artilharia divisionária e das patrulhas brasileiras. A chuva de neve diminuiu de intensidade, mas os flocos envolvem o pequeno carro descoberto e acaba por nos cobrir com um novo uniforme, alvo como o chão. Antes de atravessarmos a pequena e estratégica ponte, tão visada nestes últimos dias pelos nazistas, o sargento me diz: Nestas últimas vinte e quatro horas caíram aqui 46 granadas. O terreno ficou como se tivesse sido arado na véspera, e um pracinha me entrega uma dezena de estilhaços que meto no bolso da japona. Uma espessa cortina de fumaça, que sai em torvelinhos dos motores Diesel, protege nossa passagem - e é uma emoção estranha esta que sentimos quando o "jeep", muito devagar, escorrega pelo caminho de madeira lançado sobre o rio gelado. Destacamentos de soldados brasileiros voltam da linha de frente, em coluna por um ao lado esquerdo da estrada e muitos deles já trazem os seus novos  uniformes de inverno, todo branco, o que consegue dar a qualquer cearense ou carioca a aparência gelada de um esquimau ou nórdico. Uma bateria pesada brasileira: está atirando bem próximo de nós, e sentimos o silvo das granadas quando passam sobre nossas cabeças, num vôo curvo que vai terminar nas posições alemãs, atrás dos morros defronte. Andamos por uma estrada descoberta, e está mais do que visto que a corrida do nosso "jeep" continua sendo atentamente seguida pelos observadores avançados da frente inimiga. O "front " brasileiro é um dos mais difíceis de toda a linha do Quinto Exército. As estradas correm paralelas aos diversos montes dominados pelos nazistas. Qualquer aglomeração de viaturas, neste caminho de mil curvas, é desmantelada por concentração da artilharia inimiga, e todo o abastecimento tem que ser feito dentro de mil cuidados, quando a noite escura protege ou através da cortina de fumaça que proíbe a menor visibilidade. Num destacamento, o coronel e os oficiais nos recebem com um café quente e um fogo amigo para o amortecimento de nossos pés. Desde o dia 24, quando a primeira grande nevada iniciou uma nova etapa nas operações, que o inimigo não descansou mais. O major me informa que há cinco noites que não dorme direito, e me aponta, defronte, um edifício semi-destruído que fora atingido em cheio no dia 26. - Passamos um Natal inesquecível: atendendo dezenas de telefonemas e ordenando fogo às baterias...
Estamos aqui num típico "PC", e eles são muitos ao comprido de toda a frente brasileira. A sala é estreita, o aquecedor não funciona direito, e há jornais e revistas sobre a mesa desarrumada. Jornais e revistas miseravelmente atrasados. Uma "pinup girl" dependurada na parede, e uma chaleira providencial que na guerra de divide em infinitas tarefas: desde a função terapêutica de aquecer os pés congelados ate a de preparar o café, que é o grande agasalho, dia e noite. O sargento traça gráficos sobre mapas minuciosos, na sala ao lado, e um capitão gaúcho chupa, calado, seu chimarrão, atento ao telefone. As baterias ao lado estão atirando. O inimigo responde, intermitente. E não posso esquecer aqui a ingenuidade do pracinha, que assim me falou na porta: '- Eu pensei que os tedescos fossem respeitar o Natal, a data do Senhor. Mas parece que eles ficaram ainda mais enfezados. "Fritz está enfezado", é como os soldados brasileiros, definem qualquer recrudescimento da artilharia nazista, e Fritz, naturalmente entusiasmado com os sucessos da frente belga, anda ultimamente mais agressivo e ousado do que o comum. Quase todas as noites suas patrulhas, num grupo de vinte e poucos homens poderosamente armados, descem até nossas linhas, e mais de um golpe de mão já foi tentado. Mas nem todos os Fritz voltam: alguns ficam estirados para sempre na "terra de ninguém", outros são feitos prisioneiros. Já vi de perto alguns deles - são arrogantes, alguns, mas outros se mostram cansados e distantes. Um sargento  nazista nos prometeu que a Luftwaffe voltará muito breve, e não há quem o convença de que nenhuma contra-ofensiva poderá mais salvar a Alemanha. Até a data de hoje, 1 de dezembro, os brasileiros já fizeram algumas centenas de prisioneiros. Eles passam poucas horas aqui na frente, apenas o tempo necessário para o primeiro interrogatório, e são remetidos imediatamente para o quartel general do Quinto Exército. O major Gross nos leva agora até o ponto extremo da frente brasileira, aqui no flanco direito. Mas o "jeep" já não nos pode ajudar. Deixamo-lo encostado atrás de um tank inglês, e seguimos a pé pela estrada coberta de fumaça. Um cheiro de laboratório didático nos enche as narinas, e há um ronco de avião sobre nós. A voz do major Gross vem surda de dentro da fumaceira: Se vocês sentirem qualquer explosão próxima, se atirem no chão. A temperatura parece ter baixado mais ainda; e tenho os lábios cortados e ardendo. As pequenas poças d'água, aos lados, congelaram inteiramente, e agora podemos ficar em pé sobre elas, como numa mágica. No "PC" mais avançado, o capitão nos mostra as conseqüências do bombardeio tedesco, na véspera. Uma granada atravessou o teto, e rebentou no primeiro andar. Os estilhaços se espalham pelo soalho arruinado e coberto de argamassa preta. Todo o terreno em redor do sobrado vermelho, esburacado pelos estilhaços e pela metralhadora, está cavado de crateras, e uma granada certeira cortou pela metade um dos trilhos da via férrea, defronte. O capitão nos leva até os "foxholes", um buraco cavado no chão coberto de neve e lá dentro fica o pracinha brasileiro; a mão segura na sua metralhadora ou no seu fuzil, sentado numa cadeira improvisada e os pés apoiados nos tijolos que foram esquentados. Eles passam aqui duas horas cada um, num revezamento que atravessa toda a noite. Não é possível agüentar mais, e confesso aqui que vinte minutos apenas lá dentro foram o suficiente para me transformar num homem sem salvação. O frio me enrolou como se tivesse caído numa fogueira gelada, e quando salto para fora meu pés estão inertes como dois pedaços de chumbo. De um modo geral, porém, o pracinha tem resistido bem. Eles receberam o inverno como uma novidade estranha; muito diferente. Alguns deles tomaram "skis" emprestados aos paisanos, e deslizam agora pelas encostas das colinas mais suaves, nas curtas folgas da retaguarda. Outros organizam violentas lutas de bola de neve, e já há bonecos brancos esculpidos no gelo, frutos da habilidade de qualquer nordestino ou paulista. Outra coisa, no entanto, é ficar imóvel, de noite e dentro de um buraco, durante duas horas, que se esticam como dois séculos. Muitas vezes o "pé de trincheira", que incha, paralisa o pé do pracinha, inutiliza o soldado por quinze ou vinte dias, e nos hospitais da retaguarda. Mas o pracinha brasileiro é um homem que se improvisa diariamente, e para cada tortura do inverno ele cria o seu remédio próprio, às vezes uma obra prima de engenho. Contra o "pé de trincheira ", por exemplo, a solução é calçar tamancos e galochas, ou então enrolar o pé em feno e calçar as galochas depois. Descobriram também que, para esquentar os dedos, nada melhor do que esfregar neve nas mãos. São pequenas receitas que nos ajudarão a atravessar esse túnel branco e frígido, que começou agora no dia 23 e que irá até inícios de março. Foi um dia movimentado, "um teste para os nervos", como me disse o major Gloss, mas ainda não posso, neste fim de tarde, escrever tranquilamente esta reportagem. Estou numa das salas do quartel-general avançado, e a artilharia continua lá fora. Um tenente entra salpicado de lama e neve, e me diz: 'As granadas estão explodindo perto. O "paisano" italiano avivou a pequena lareira com novas achas, e o fogo crepita como uma música. Há um barulho de vidraça quebrada, um pouco de neve desprendeu-se do telhado do antigo hotel, defronte. Nossas baterias, nos morros de detrás, começam a responder ao fogo, e as granadas nazistas são agora muitas. Depois de uma explosão muito próxima, o tenente médico entra na sala e me informa: Rebentou agora mesmo ali na esquina. Peço um cognac ao camarieri, bebo-o em dois tragos, aqui na frente, ingrata e inimiga como a de ontem.

"Histórias de Pracinha" - Joel da Silveira



Cartão de Boas Festas - dezembro de 1944
Arquivo Gen. Tácito Theóphilo Gaspar de Oliveira

 

"O dia 24, véspera de Natal, data das mais evocativas para nós brasileiros, cristãos e católicos romanos na sua quase totalidade, foi um domingo. As sentidas recordações do ambiente familiar - dirigidas para os mais diversos povoados da Pátria distante, com suas características próprias de comemorações - estavam expressas marcantemente nas fisionomias de todos nós. As cartas recebidas e o deslumbramento que nos causava a queda da neve, que ia cobrindo tudo de uma brancura enternecedora, não sei se aliviavam ou ainda mais aprofundavam nossas tristezas. Dia 25, data máxima da Cristandade, estávamos melancólicos e deprimidos. De qualquer maneira, talvez ainda conduzidos por um sentimento humanitário, não houve, por parte dos beligerantes, bombardeios naquele dia, pelo menos quanto a Porretta e outros setores da nossa Divisão. Os americanos, no respeito às peculiares tradições do seu povo, ofereceram peru e vinho aos seus milhões de combatentes espalhados por todo o mundo, em comemoração da data, e nós, como forças aliadas, estávamos incorporados ao seu grande e eficientíssimo  Exército. (...) Ao contrário do que ocorreu no Natal, o início do ano foi festejado com um vigoroso bombardeio dos Tedescos. Pareciam querer advertir que ainda estavam fortes para a continuação da luta no novo ano."

"Com um Pelotão na FEB"
Joaquim Urias de Alencar


Foto  retirada de imagem paralisada de filme do You Tube sobre a FEB em ação

Não vá além daquele poste!

Sinto alguma coisa estremecer dentro quando o Capitão Ernani Ayrosa da Silva (poucos dias depois ele seria gravemente ferido) me segura pelo braço e me diz: Cuidado. Não vá além daquele poste. O terreno está todo minado. Volto mais uma vez ao posto mais avançado da FEB. No termômetro manual do Capitão Ayrosa vem indicado que aqui fora já está fazendo nove graus abaixo de zero, o que significa dizer que a noite vai ser polar. A cortina de fumaça nos protege, grossa e acre, e por causa dela é impossível divisar qualquer coisa um metro além. A linha inimiga a nossa frente, onde os alemães estão vigilantes em seus postos igualmente avançados e protegidos em suas trincheiras e casamatas, é apenas uma parede cinzenta. Sentimos que eles estão ali, mas não os vemos, e muito menos suas trincheiras. Quando deixamos de falar - ou de sussurrar, porque qualquer som na acústica destas montanhas soa como um toque de cometa - o silêncio volta pesado e vazio. Um silêncio que esconde ameaças e armadilhas. O Capitão Ayrosa me diz: Estamos a menos de meio quilometro dos alemães. Durante alguns instantes ficamos ali parados, as botas enterradas na neve. Lá na frente, o poste inclinado, no qual o bombardeio da véspera emaranhou doidamente os fios, é assim como o marco divisório entre o nosso mundo e o mundo inimigo - duas coisas que de forma alguma poderão ser confundidas. O Capitão Ayrosa acende um cigarro, me oferece. Não fumo. Há um ruído de avião voando muito alto, mas não adianta olhar para cima, pois não existe céu. Somente quando o vento frio e mais forte abre uma brecha na fumaça, podemos enxergar, por poucos minutos, as árvores descamadas pelo inverno e pelos obuses. Além do último foxhole (trincheiras individuais, muitas vezes abertas por obuses inimigos) é a distância branca que não pertence a ninguém, e onde todas as noites patrulhas brasileiras e inimigas estabelecem um perigoso e mútuo contacto, numa das tarefas mais ingratas da guerra. Diariamente, oficiais, sargentos e pracinhas que seguem, protegidos pela noite, para a terra de ninguém, com a missão de fazer prisioneiros ou de reconhecer o terreno, voltam com histórias que dariam um livro - e dos grandes. Como, por exemplo, a história do Sargento Írcio Camargo, um paulistano que na noite de Natal saiu com os seus 23 homens para as armadilhas da brancura sem dono. De quatro da tarde às seis da manhã seguinte eles ficaram caminhando (ou, muitas vezes, rastejando) pela neve, espalhados em pequenos grupos de quatro ou cinco, e de minuto em minuto as balas alemães assoviavam sobre suas cabeças e os morteiros explodiam ao seu redor. O Sargento Írcio Camargo está agora aqui ao meu lado, no Posto de Comando Avançado. É um rapaz de 28 anos, barba por fazer, bigode espesso e descuidado, e parece viver mais no tranqüilo dos mundos quando acende o seu cigarro americano. Ele me diz: Sempre passei o Natal em minha casa, junto aos meus. À meia-noite íamos todos à Missa do Galo e voltávamos para a ceia. Sempre foi assim, desde que me entendo como gente. Neste ano, foi o que o senhor sabe. A guerra muda tudo. Muda até o Natal. Metade da noite os alemães lançaram um ou dois foguetes iluminativos - é assim que se diz? O belo fogo de artifício brilhou no céu em centenas de pequenas estrelas; depois o pequeno pára-quedas iluminado foi descendo devagar , até ficar dependurado num galho sem folhas. O pracinha Francisco Aparecido de Oliveira, de Jacareí, que fez parte da patrulha, me conta: A árvore desgalhada de repente virou uma árvore de Natal. E foi aí então que aquela era exatamente a noite de Natal. O frio estava medonho, entrava pela pele adentro, chegava até os ossos; e o vento levantava a neve e a sacudia sobre os homens do Sargento Írcio. Quando os foguetes iluminados explodiam no ar , e tudo ficava claro como um dia de verão, os soldados brasileiros tinham que se estirar sobre o chão de gelo, tiritantes. Um deles, o pracinha Benedito Moreira Filho, de Pontal (São Paulo), não conseguiu resistir e ficou ali estirado na neve, inerte como um morto. Ele passou 15 dias no hospital, mas agora já está recuperado e me conta sua história: Uma bomba estourou perto e então mergulhei no chão. Outros morteiros começaram a explodir e eu não podia me levantar. Passei alguns instantes (ou foram séculos?) assim, e quando quis me levantar, não pude. Estava mais duro do que um pedaço de pau. O Sargento Írcio é que me trouxe nas costas de lá até aqui ao Posto de Comando. Pensei que ia morrer. O pracinha Darci Ribeiro dos Santos, de Paraúna (Minas), atuou na patrulha como telefonista. O Cabo João Rosa da Silva Ramos, do Rio, me diz que chegou a enxergar à sua frente o movimento de dois ou três soldados inimigos. O Terceiro-Sargento Manuel Gomes Guimarães, que comandou um grupo de cinco homens, me disse: Durante toda a noite fiquei imaginando como estava sendo o Natal no Brasil. Particularmente lá em casa. E o Terceiro-Sargento João Almeida Costa me diz: Nunca senti tanto frio. A noite às vezes ficava clara como se fosse meio-dia. Depois, quando a lua surgiu, ficou ainda mais clara. E eu só queria que aquela lua fosse um sol carioca, sol de dezembro na Praça Saenz Pena. Esta é a história de um Natal brasileiro na frente de batalha. Um Natal diferente, gelado, traiçoeiro, de homens se arriscando numa terra varejada pelos morteiros, pelas metralhadoras. Muitos outros brasileiros, além dos soldados do Capitão Ernani Ayrosa da Silva, viveram também um Natal semelhante. Eles vieram de suas cidades, grandes ou pequenas, de suas capitais, vilas ou simples povoados, e enterrados em suas trincheiras relembraram outros Natais, de paz. Este ano, na noite do Senhor, eles manejaram suas metralhadoras, jogaram granadas de mão, foram feridos ou mortos, mataram e feriram, porque assim é a guerra. E porque assim quis o fascismo de Hitler e Mussolini .É compreensível que nem todos ainda saibam direito por que lutam ou o que literalmente significa a palavra fascismo , no que ele contém de ilógico e de monstruoso, de diabólico e de aberrante. Mas todos já sabem perfeitamente que o tedesco é a essência viva de um estado de coisas agressivas e amoral que tem de acabar .E como nenhum pracinha deseja ter um Natal como este de 1944, sabem que é preciso derrotar os tedescos o mais depressa possível. É uma lição nova que todos eles aprenderam no livro da guerra, um livro aberto e inexorável onde cada página encerra a hora da verdade.

"Histórias de Pracinha" - Joel da Silveira


Foto  retirada de imagem paralisada de filme do You Tube sobre a FEB em ação

 

Noite de Natal

Meu irmão inimigo!
Eu, que apenas te conheço
apenas, assim:
pelos sons das balas das metralhadoras,
pelos sons das balas dos canhões,
que explodem dia após dia, após noite.
Que explodem pelos morros, pelas cidades
ou nas picadas mal feitas,
onde o soldado infante
deixou um rasto apenas
de herói ou covarde...

Meu irmão inimigo!
Eu queria falar-te
nesta noite de Natal,
em que todos nós somos ainda mais irmãos,
porque somos todos filhos de Deus.

Jamil Amiden

Um Herói nunca morre!

Simples História de um Homem Simples
As Origens
Força Expedicionária Brasileira
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