FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA |
A Engenharia
Frente de Monte
Castelo - Mineiros do 6º Pelotão em exercício de abertura de campo minado.
Os
da extremidade usam baioneta e, no centro, um usa o detector eletromagnético e o
outro o bastão
de prova. A vegetação é característica da região, antes
de cair a primeira nevada do inverno.
Imagem escaneada do livro "Quebra
Canela" - Gen. Raul
da Cruz Lima Jr.
"A Engenharia é o tipo de arma sem cartaz. Toda a gente sabe que seu trabalho é muito penoso e duro - principalmente numa guerra como esta, de montanhas, estradas em rampa de 45 por cento, lameirões, neve, gelo e pontes arrebentadas - e o inimigo nas posições mais altas. Toda gente sabe - mas ninguém fala muito nisso. O que nem todos sabem é que às vezes, a Engenharia vai na frente. Na frente do pessoal do reconhecimento, na frente dos carros de combate - exatamente na frente, pela terra de ninguém." Rubem Braga
- 7 de fevereiro de 1945 |
Frente de Monte Castelo – Comandante da 2ª Cia/9º BE em seu jipe,
com o motorista cabo Cardeal.
A proteção vertical na frente da viatura é para
cortar arames que o inimigo esticava, com a finalidade
de degolar os seus
ocupantes. Essa estradinhas tiveram que ser reparadas, conservadas e
melhoradas
durante todo o tempo, com chuva, sol ou o gelo do
inverno.
Imagem escaneada do livro "Quebra Canela" - Gen. Raul da Cruz
Lima Jr.
O comportamento do Homem na Guerra "O comportamento do homem na guerra é imprevisível e insondável. Estruturas aparentemente fracas e deficientes ocultavam, no calor da luta, indivíduos de têmpera excepcional, como que já forjados para os momentos de grande tensão das batalhas. Infensos ao medo, demonstravam, nas atitudes, nos gestos e na dicção, estarem completamente à vontade diante do perigo que os cercava. Com domínio total sobre o meio-ambiente, mostrou-se verdadeiro gigante: frio e impávido ante o perigo. Há indivíduos, muitas vezes aparentando uma estrutura mais sólida, e que são terrivelmente abalados pelo terror que, inconscientemente, passa a dominá-los de forma incontrolável. Sua atitude se modifica completamente; seus gestos ficam como que petrificados, sua voz some e morre na garganta, sob o aperto da ansiedade e do medo. Desaparece a massa muscular e o gigante se transforma em pigmeu." Gen. Raul da
Cruz Lima Júnior |
Frente de Monte Castelo – Trabalhos de reparação e empedramento
da estrada Silla-Bombiana.
Assinalada a Igreja de Bombiana. Ao fundo e a
esquerda vê-se Monte Castelo. A zona era batida
por tiros de morteiros. O
deslocamento das viaturas era feito por infiltração e a toda
velocidade,
assim que era liberada pelo controlador de tráfego. Essa estrada
foi alargada para dar passagem
a caminhões e carros de combate. À esquerda,
crateras de granadas. Trabalhos do 4º pelotão.
Imagem escaneada do livro "Quebra Canela" -
Gen. Raul da Cruz Lima Jr.
Responsabilidade "A 27 de abril o Ten. Viveiros apresentava-se à sua Cia, ainda convalescente da perna, por ferimento de mina. Sua volta encerrava uma odisséia através dos hospitais americanos. Iniciada a 25 de março no hospital de Pistóia e, pelo seu estado, fora seguindo a cadeia de evacuação, até o 45º Hospital em Nápoles, de onde deveria seguir para os Estados Unidos da América. Animado por uma vontade inabalável de regressar ao front, dedica-se de corpo e alma ao tratamento de recuperação e de radioterapia, obtendo melhoras espantosas. Graças à sua tenacidade obteve alta no dia 25 de abril e, vencendo todos os obstáculos, apresentou-se pronto para o serviço, embora ainda convalescendo. Belo exemplo do Ten. Viveiros: em vez de viajar para a segurança e tranqüilidade, prefere reunir-se ao seu Pelotão e enfrentar os azares da guerra." Gen. Raul da
Cruz Lima Júnior |
A Engenharia da FEB cumpriu o seu dever...
A Engenharia
abrindo o caminho
Foto escaneada do livro "Eu esta lá" de Elza
Cansanção
Chegáramos ao fim da jornada de guerra. Lançando um olhar retrospectivo, só tínhamos que agradecer a Deus - que mais uma vez mostrou que é brasileiro - pela proteção que dera à nossa tropa no meio de tantas vicissitudes, tropa que chegara despreparada para a missão que lhe fora atribuída e cujo fracasso, se tivesse ocorrido, seria o opróbrio de nossa Pátria no conceito das nações mais representativas do mundo. O País, embora psicologicamente infenso a uma guerra no além-mar, não pouparia seus soldados por qualquer desastre que viesse a suceder, fosse por que fosse. No entanto, confiante em sua Força Expedicionária, tinha os olhos voltados para seu desempenho, que deveria, a seu ver, ser igual ou melhor que o das demais nações aliadas. O orgulho nacional não suportaria uma derrocada, mesmo parcial. Desde o valoroso General-Comandante, até o seu mais humilde fuzileiro, permanentemente, pairava sobre todos a espada de Dámocles, que não admitiria reveses nem insucessos. Foi esse sentimento de orgulho nacional que nos envolveu a todos, para que nos empenhássemos, com o máximo de nossos esforços, na unanimidade da tropa brasileira. Toda a campanha está pontilhada de atos de heroísmo que só o futuro irá valorizar e dar-lhe o verdadeiro significado. As condições desfavoráveis do terreno e do clima, aliadas a um inimigo veterano, considerado um dos melhores combatentes do mundo e que lutava vigorosamente pela sua sobrevivência, só por si nos permitem aferir a dificuldade de nossa atuação. Por outro lado, tendo recebido uma porção do front montanhoso como encargo de sua missão, era responsável por tudo que nele acontecesse ou deixasse de acontecer. Enquadrada entre as melhores Divisões do V Exército americano, a maioria com experiência de combate desde a invasão do norte da África, não poderia deixar de corresponder à confiança nela depositada. Tinha que resolver por si mesma os problemas que viessem a surgir, sob pena de desmoralização e da execração de todos, nacionais ou alienígenas. Visando a este aspecto, o expedicionário sentia cada vez maior o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Por isso, não podemos deixar de agradecer ao deus das batalhas, que deu força e coragem aos seus componentes para resistirem às dificuldades do princípio e darem, no final, o exemplo mais vivo de um desempenho brilhante. Não fugindo à regra, a nossa Engenharia tivera um desempenho ímpar. Resolveu, sem ajuda, todos os problemas que encontrou pela frente; fossem de ordem tática ou técnica. Foi, mesmo, além do dever, ultrapassando os limites de emprego normal, toda a vez em que julgou ser este sacrifício necessário em prol da vitória. Fê-lo deliberada e conscientemente, com o orgulho de tropa de escol, capaz de arriscar, na jornada de combate, todo o valor de sua gente. Tinha que honrar o castelinho azul-turquesa inscrito no seu capacete de aço. Podia ufanar-se de ter se portado à altura das mais dignificantes páginas de sua história militar. Houvesse melhor ligação com a Infantaria, mediante um conhecimento prévio mais íntimo entre seus elementos e das suas reais possibilidades no combate, sua atuação teria sido ainda melhor. No entanto, o treinamento que tivera, longe das unidades que viria a apoiar no campo de batalha, não permitira esse conhecimento, tão importante na hora do combate. Em suma, foram conhecer-se durante a realização do ataque, quando o desempenho eficiente e harmônico constituía uma parte do sucesso. Estabelecida essa confiança, parte das dificuldades desaparecia e as naturais flutuações do escalão atacante eram pelo menos amenizadas. Não obstante essas considerações, o espírito de colaboração e de amizade foi o melhor possível, mesmo nas situações mais complexas. A Engenharia, como Arma de apoio ao movimento, ao final da jornada, ufana-se e orgulha-se de seus feitos, por ter cumprido não só as suas missões, como ido, mesmo, além do dever nas realizações mais difíceis. Gen. Raul da
Cruz Lima Júnior |
A Ponte
Bayley (Sgto. Pires) construída pela 2ª Cia/9º BE sobre o rio Tidone (quadrícula
K-4717).
Executada com o comprimento total de 260 pés (78 metros) em 4 vãos
contínuos, sendo dois de 70 pés
(21 metros) e dois de 60 pés (18 metros),
classe 40 (toneladas). Sobre a ponte veem-se, à frente, a contar
da esquerda,
os Capitães Raul e Júlio e, atrás, os tenentes Vinhaes, Edson e Viveiros, que
foram os oficiais
componentes da 2ª Cia/9º BE durante a campanha da
Itália.
Imagem
escaneada do livro "Quebra Canela" - Gen. Raul da Cruz Lima Jr.
Relação das praças integrantes da 2ª Cia. do 9º BE CMB 1 - Subtenente
José Nogueira dos Santos Os postos e nomes acima foram extraídos da relação anexa ao Boletim Interno nº 1 do 9º Batalhão de Engenharia, de 13 de outubro de 1944, publicado na Itália após a chegada dos 2º e 3º escalões da FEB e se referem, essencialmente, às praças que realizaram a viagem integrando a 2ª Cia de Engenharia. As informações adicionais se referem ao período que decorreu do embarque até o término da Guerra na Europa, em 8 de maio de 1945. Durante a Guerra, incorporaram-se à 2ª Cia de Engenharia, com procedência de outras Subunidades do BE ou de outras Unidades da FEB, as seguintes praças: 180 -
Subtenente Sebastião Gomes Barradas Relação
transcrita do livro Quebra Canela |
Um Herói nunca morre!
Simples História de um Homem
Simples
As Origens
Força Expedicionária
Brasileira
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