FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA

 



Desfile dos Heróis Brasileiros.
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www.exercito.gov.br

OS NOSSOS MORTOS

A guerra terminou. Regressa ao Brasil a Força Expedicionária Brasileira. Ficam na Itália no Cemitério de Pistóia algumas centenas dos que morreram pelo seu berço. Permanecem num solo distante do seu, em terra estranha porque quiseram os inimigos de sua Pátria tomá-la ou destruí-la e com ela sua civilização, sua religião, sua família e eles reagiram num movimento de protesto e de fé contra os bárbaros que não se detiveram ante a cultura de que tanto blazonavam. Os nossos mortos, em arroubos invejáveis de espírito de sacrifício, em lanços inimitáveis de heroísmo próprios de quem possui noção exata do dever, trocaram sua mocidade, sua vida ainda a desabrochar para o mundo, por uma atitude digna e eterna na História dos Povos. Moços, cheios de entusiasmo e de esperança, acudiram ao dever patriótico de defender sua terra e sua gente, pensando apenas no bem geral, lastimando a catástrofe universal, atravessaram os oceanos e empunharam as armas que a Nação lhes confiou em defesa da Humanidade. Cada um dos nossos queridos mortos tem a sua gloriosa história, verdadeira lição de civismo e bravura. O Cemitério de Pistóia, como se fosse um livro com 452 páginas narrando de cada um os feitos, a bravura, o destemor, o desprendimento e o civismo, é antes um campo santo com 452 cruzes brancas que encerram na sua singeleza, na alvura da madeira que as formam, a pureza de tão elevado sentimento, de tão alta compreensão do dever. Ali estão tombados para sempre 452 brasileiros que deram a vida pelo bem da Humanidade, para que o mundo seja melhor compreendido, para que terminem as ambições pessoais, a ganância, a vaidade, a volúpia personalística do totalitarismo para que seja distribuída a Justiça entre todos, a Paz entre os povos e a Harmonia entre as famílias. Dormem o sono eterno confiados que a perda da vida de cada um daquele punhado de bravos traga o benefício do ideal pelo qual se bateram e morreram; a Liberdade e o Direito. Eles velam agora porque cumpriram o dever e aguardam, como heróis imperecíveis da guerra impiedosa e devastadora, que os vivos os compreendam e cumpram também o seu. Naquele pedaço de terra italiana, plantado nos Apeninos, banhado pela brisa da Toscana, está o Cemitério Brasileiro de Pistóia onde diariamente nossa Bandeira é balançada pela mesma brisa que afaga docemente cada uma das catacumbas daqueles que deram a vida em holocausto para a honra e dignidade do Brasil. Lá está narrada sintética, mas de forma viril e heróica, a História da FEB, porque cada cruz é uma situação diferente e vemos como que nelas inscritas as ações do vale do Serechio, como Camaiore, Barga, Monte Prano, a defensiva agressiva em Mazancana, Gaggio-Montano, Gorgolesco, Ronchidos, Capella de Ronchidos, Abetaia, Dolce, Monte Castelo, Castelnuovo, Soprassasso, Montese, Serreto, Paravento, Giansimone, Zocca, Collecchio, Fornovo di Taro e mostrando que o Brasil, do norte ao sul, está ali representado, bem como todas as unidades, tem alguns de seus componentes que caíram no auge da luta e mereceram dos próprios inimigos consideração e respeito. Estão deitados sob o sono eterno os 17 de Abetaia, Fr. Orlando, Tenentes Rui, Ari Rauen, o bravo sargento Wolff e os constantes de relações publicadas. Entre os que figuram no Cemitério estão os de nomes Geraldo Baeta, Arlindo Lúcio e Geraldo Rodrigues, que foram encontrados sepultados na localidade de Zocca, lendo-se na cruz de sua sepultura: "TRÊS HERÓIS BRASILEIROS". Todos foram identificados como do 11º RI. Presume-se que tenham sido feridos gravemente e conduzidos pelos alemães até Zocca onde faleceram. O inimigo reverenciando-os tinha a certeza de que eles mereceram essa consideração.

"11º RI na Segunda Guerra Mundial"
Gen. Delmiro Pereira de Andrade

 


Presidente Vargas e autoridades na recepção aos pracinhas.
Imagem escaneada da Revista Nossa História - janeiro de 2005

Ninguém dormiu na noite de vinte e um para vinte e dois de agosto. Logo após a primeira refeição, os praças puderam subir para a coberta e viram um pedacinho de litoral fluminense. Depois, foi a entrada da barra, os canhões dos fortes atirando, barcos e navios indo ao encontro do transporte, apinhados de gente que agitava lencinhos no ar. O homem lá embaixo, na lancha a motor, gritando qualquer coisa que ninguém compreende. Será que eu conheço alguém naquela barca apinhada de gente? Impossível distinguir os rostos. As mocinhas de short, corpos morenos e esguios, aglomeradas num iate, agitam lencinhos coloridos. É estúpido, mas alguém solta uma piada chula. Para disfarçar a emoção, talvez? De longe, vem um bimbalhar de sinos. As fortalezas atiram. Será possível? Como é bonita esta cidade, as montanhas, a neblina, diabo, uma perdição! Um nó para na garganta. Tudo isso é pra nós, será possível? O soldado estava quase cego quando desceu a prancha do transporte. Um soldadinho magro, pálido, de bigodinho, igual a tantos outros ainda apinhados no navio. Não sentia o peso do Saco A nas costas, nem via o que estava acontecendo na sua frente. Pressentiu confusamente que a multidão, contida por um cordão de policiais, examinava-o atentamente, sentiu centenas de olhos acompanhando-lhe os passos. Deixou o saco num caminhão e encaminhou-se com os companheiros para umas mesinhas colocadas no meio da rua. Mocinhas de ar assustado serviram-lhes frutas, mate, sanduíches. Ora, comer numa hora dessas! Tonto como estava, entornou o mate. A mocinha que servia, recuou assustada. "Não tenha medo" - pode ele apenas balbuciar. Esquisito dizer isto ao regressar à pátria. O soldadinho encolheu-se dentro do uniforme. A moça grã-fina tinha medo de sujar o vestido, nada mais natural. Tempos atrás, um jornalzinho da Legião de Assistência, recebido no front, trazia artigo de uma daquelas moças respondendo a um soldado que reclamava a falta de apoio. Lembravam-se no artigo os sacrifícios que todas elas estavam passando: levantando-se de manhã cedo para ir visitar a família de um praça, trabalhando no preparo de pacotes, etc. Ridículo receber um jornalzinho daqueles no meio da lama e sob o bombardeio. Mas era tudo bobagem. "Não foi nada, moça, não lhe sujei o vestido." Deixou o fuzil encostado numa parede e ficou esperando a ordem de iniciar a marcha. O quarteirão estava isolado pela polícia mas, de vez em quando, a multidão rompia o cordão de isolamento e misturava-se com os soldados. Havia perguntas ansiosas. "Vocês não conhecem o cabo Anselmo da Costa?" "De que unidade?" "Ah, isso não sei, diz que matou muito alemão e está ferido na perna direita". De vez em quando, um soldado que é reconhecido pelos seus e abraçado pateticamente. As mocinhas da sacada de uma das casas puxam conversa. "Você matou muito alemão?" Como se matar gente fosse um esporte muito interessante! O soldadinho magro, que não é carioca nem tem amigos ou parentes no Rio de Janeiro, continua encolhendo-se dentro da farda. 

"Guerra em Surdina"
Bóris Schnaiderman


A homenagem da população brasileira aos seus heróis.
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As ruas junto ao cais estão impedidas pela Polícia Especial. Os ferrabrazes de carabina às costas afastam o povo que procura entrar em contato com os recém-chegados. Estes também levam alguns empurrões. João Afonso olha as boinas vermelhas e os braços fortes dos policiais e lembra-se de um comício dissolvido, cena que presenciara por acaso, pouco antes da implantação do Estado Novo. "São os mesmos!" - pensa. "Será possível? Houve guerra, sangue, destruição, um mundo que desabou, e aí estão os mesmos polícias de boina vermelha, com as suas brutalidades. Como isto não combina com o nosso estado de ânimo! Estivemos na guerra, vimos tanto sangue, sentimos o cheiro dos cadáveres, mas agora o que nós queremos é um pouco de relaxamento, é o ritmo suave da vida brasileira, com que sonhamos na Itália." Mais alguns populares conseguem infiltrar-se através do cordão de isolamento. Continua-se também conversando com os moradores das casas compreendidas no novo campo de concentração. Aparecem molecotes maltrapilhos que pedem cigarros americanos. Imaginem só, parece Nápoles! E o casario feio do porto lembra tantos outros que ficaram para trás. Tendo a sensibilidade aguçada pelos meses de provação, os soldados parecem notar agora aspectos do seu próprio pais que antes passavam geralmente despercebidos. Não, não, não é isto que eu quero ver, esta é a minha terra, e eu quero gozá-la em sua plenitude. Basta olhar a orla dos morros, não o pedaço da favela que aparece com o seu casario, mas os outros morros com a sua vegetação, este sim é o meu pais, a terra com que eu sonhei sobre a neve e que não esperava mais rever. Finalmente, vem a ordem de marcha. Apanham-se os fuzis ou as carabinas, e uma longa formação de semifantoches, semitrapos, tontos de emoção, quase cegados pelo sol carioca encaminha-se para a Avenida Rio Branco. Os raios de sol batem em cheio sobre o asfalto, sobre os rostos e os capacetes de cortiça, penetram como um hino triunfal, como uma saudação de boas-vindas, no intimo de cada um. Impossível desfilar em formação. A multidão cercava os soldados, abraçava-os, beijava-os, arrancava-lhes os distintivos metálicos. O soldadinho magro e de bigode ralo, que é de um lugarejo bem distante, que não está acostumado às efusões do carioca, que passou meses transido de frio e de medo em buracos cavados na terra e na neve dos Apeninos, fica tonto, deslocado, os olhos marejados. Há uma diferença profunda entre o conceito que ele tem de si e a imagem que dele fazem os homens do povo. Afinal, o que foi que eu fiz? Estive em terra estranha; quando me diziam para atirar, atirei; quando me ordenavam recuar, obedeci também, senti frio, medo, solidão, e foi só. O homem sente-se pequeno e mesquinho, e os compatriotas fazem dele um herói, quase uma figura de lenda. Mas, apesar de heróis, o que mais querem os soldados é abraçar uma pessoa da família, um amigo, a namorada. Investigam ansiosamente os rostos ao redor, olham para as sacadas repletas de gente e para as arquibancadas na avenida. Tudo inútil! E o jeito mesmo é entregar-se passivamente ao entusiasmo da multidão. A infantaria não conseguiu desfilar em formação. Os soldados eram carregados nos braços, em meio a vivas, buzinas de automóveis tocando e compassos marciais. Depois da infantaria, entrou na avenida uma comprida coluna motorizada. Os jipes e caminhões eram igualmente assaltados. Ficava-se com os braços doloridos de tantos puxões. "Meu Deus! Meu Deus! Será que encontrarei todos vivos lá em casa?" - pensa um cabinho magricela, que deixou o pai com câncer da garganta. Pirulito tenta dizer algumas piadas. Mas não adianta, a molecagem não consegue disfarçar a emoção. O sargento Anésio sonda inutilmente a multidão, à procura da mulher e dos filhos. Alípio está zonzo, não consegue raciocinar, manter a frieza, a serenidade com que procura ultimamente orientar toda a sua conduta. Sim, na guerra, o jeito era armar-se de pachorra, deixar correr o barco, revestir-se, na medida do possível, de uma carapaça feita de conformismo e moleza. Mas o regresso ao mundo dos civis exige outro preparo interior, uma nova agudez de percepções, maior flexibilidade e velocidade de reação. Tudo isto requer grande autodomínio. Mas aí na avenida, não. Sou um homem histórico, um monumento ambulante, não preciso pensar, não devo até! João Afonso olha também para as arquibancadas. E aquela multidão exultante, de milhares de rostos, transforma- se num único semblante, de olhos estranhos e desconhecidos, mas tão amigos, de uma simpatia tão irradiante. É isso mesmo, isso mesmo, vem cá, morena, não precisa arrancar-me pedaços do uniforme, aí vai um retratinho meu. Não se assuste com a cara, foi no inverno, em Porretta Terme. Ciao!

"Guerra em Surdina"
Bóris Schnaiderman


Desfile do retorno, com a FEB já extinta, num golpe da ditadura Vargas,
contra todos os pracinhas brasileiros.
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"Quando os sinos dobrarem"

Conto escrito nas trincheiras pelo pracinha paranaense Vicente Crist, tem no seu epílogo o diálogo de dois soldados. Um deles, Vicente, mortalmente ferido, moribundo, faz das suas últimas palavras um apelo ao segundo: 

- "Alfredo, quando voltares ao Brasil, com as ruas cheias de gente, em verdadeira apoteose, sorria bastante, sorria o mais que puder, porque entre as milhares de mães que lá estarão à nossa espera, também estará a minha, aguardando pelo filho que não voltou."

Agora, restava a cada um receber o saco "B" que havia entregue em Nápoles com a promessa de que seria devolvido com a nossa chegada na Vila Militar. Sabem lá o que são 6 000 sacos? Foram necessários caminhões e caminhões para transportá-los. Perguntamos por eles e tivemos o desgosto de ser informados que até o porto tudo viera bem, mas que no caminho para a Vila Militar a maioria deles havia sido violado. Os sacos foram abertos a canivete e deles retiradas as melhores lembranças que os nossos companheiros, à custa de economia, compraram em Roma, Firenze e Nápoles e haviam trazido com tantas dificuldades, para serem presenteadas à noiva, mãe ou irmã. Outros, como eu, nem mesmo o saco violado receberam. Para os homens da FEB foi uma das primeiras decepções. Após o retorno da Divisão Brasileira, que havia ajudado a derrotar o totalitarismo nazi-fascista, era quase impossível ao Estado Novo manter-se no poder. Preocupado com a situação política do país, o governo ditatorial de Vargas já havia baixado ato determinando a dissolução imediata da FEB tão logo as suas Unidades chegassem ao Brasil. Contrariando o desejo dos oficiais e sargentos da FEB de voltarem aos locais de origem, a maioria deles (como foi o meu caso) é classificada em Unidades longínquas daquelas que pretendiam. O uso de peças do uniforme da FEB já havia sido proibido por Aviso Ministerial, antes mesmo do regresso da Itália. Os cabos e soldados receberam o Certificado de Reservista e já foram imediatamente licenciados das fileiras do Exército. Não houve um preparo com antecedência da parte das nossas autoridades, para orientar os pracinhas que agora retomavam à vida civil. Enquanto uns ficavam zanzando pelo Rio, consumindo a parte do terço de campanha que receberam no Banco Andrade Arnaud, os mais apressados se mandavam na primeira condução que aparecesse. E assim foi que, um ou outro dia, pequenos grupos de paranaenses e catarinenses pingavam na estação ferroviária de Curitiba. Não havia mais aplausos. Dali, demandavam para o interior do Estado, ao chão que os viu nascer, onde voltariam a pegar no cabo da enxada, o que não era fácil para muitos que, fracos psiquicamente, tinham de recomeçar a vida. Com o passar dos anos vieram as leis de amparo, que são tantas, mas pouco e às vezes nada fizeram pelos velhos guerreiros. Atrás dessas leis surgiram outras com finalidades politiqueiras, para beneficiar uma infinidade daqueles que aqui ficaram e que agora, equiparados aos combatentes da FEB, engrossaram o quadro da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, no Rio. Lá, hoje, existem mais de 67 000 filiados, enquanto nós fomos em 25 000 para a Itália. Os ex-combatentes da FEB protestaram, mas de nada adiantou. Sem esquecer, é claro, dos desertores da FEB que na hora do embarque "deram no pé". Estes foram anistiados depois da guerra e hoje, confundindo-se com os legítimos heróis, também disputam os mesmos direitos. Com isso, os verdadeiros combatentes criaram em boa hora a Associação dos Veteranos da FEB-ANVEFEB, também no Rio, para congregar exclusivamente aqueles que de fato lutaram com a FEB na Itália. Mas não foi só isso. Num espaço de mais de 30 anos, o pracinha ficou acompanhando de porta-em-porta o seu processo de amparo que rastejava a passos lentos pela rotina das mesas burocráticas. E até mesmo o humilhava. Enquanto era olhado com respeito por uns, outros, generalizando, chegaram a tachá-lo de "bêbado", como se fosse um "João Ninguém". Mas, com patriotismo, ainda suportou as ingratidões. Lembro-me, a propósito, das palavras do saudoso Marechal Cordeiro de Farias: "Os nossos pracinhas tornaram-se uns desambientados, uns inadaptados que não sabem o que querem, nem o que fazer, e dessa forma devemos compreendê-los e tratá-los. Ficaram assim pela Pátria e ampará-los com nosso auxílio, é simplesmente um resgate pequeno, do muito que eles fizeram pelo Brasil." Grande parte desses heróis anônimos, que souberam sobrepujar-se aos soldados de outros Exércitos e com seus feitos heróicos enriqueceram as páginas da nossa história, é constituída hoje de inadaptados a uma vida normal. Não faz muito que o General Antonio Carlos de Andrade Serpa, então Chefe do DGP, acelerou a solução dos processos de reformas dos pracinhas, resolvendo definitivamente os seus problemas. Mas nós ainda estamos por aqui e hoje, como o General Serpa, podemos dizer: "Nós estivemos lá".

"Nós Estivemos Lá"
José Dequech

Um Herói nunca morre!

Simples História de um Homem Simples
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