FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA |
Pelotão comandado pelo Ten. Iporan em Biccochi, dias antes do
ataque a Montese
Arquivo Diana Oliveira Maciel
Ofensiva da Primavera
Quartel General em Porretta - Terme: Ten. Cel. Humberto de
Alencar Castelo Branco,
Gen. Robinson Duff (sub comandante da 10ª
Divisão de Montanha) e Mascarenhas de Moraes.
Foto escaneada do livro
"Mascarenhas de Moraes - Memórias" - I Volume
"A 20 de
março, e depois a 8 de abril, compareceram ao QG do IV Corpo os generais
comandantes de Divisão para acertarem as medidas referentes ao emprego de
suas Grandes Unidades na Ofensiva da Primavera. À Divisão Brasileira coube
o encargo de: Marechal Mascarenhas de Moraes |
Vista parcial da localidade e da Torre de Montese
Arquivo
Diana Oliveira Maciel
"Ainda vi os carros do Esquadrão de Reconhecimento encostados aos sobradões de Montese, que me deixou penosa impressão dos recentes combates. Por toda a parte escombros, casas incendiadas, crateras de granadas. Alguns veículos, nenhum civil. Uma cidade morta. Só tristeza. Jeeps apressados iam e vinham. Soldados mastigavam a ração de campanha. Dois, acompanhados de duas meninotas, procuravam um lugar discreto no meio daquela confusão, enquanto os outros, cansados e quase indiferentes, soltavam piadas depravadas. Passa um prisioneiro alemão. Aproxima-se uma coluna de infantaria, exausta, marchando em filas ao longo da estrada, enquanto outra embarca em caminhões para ser levada a novas posições mais à frente." Gen.
Tácito Theóphilo Gaspar de Oliveira |
Vista de Montese a partir do P.O. da 1ª DIE
Arquivo Diana
Oliveira Maciel
"Escrevo de dentro de Montese destruída. Montese já não existe. Nenhuma casa ficou intacta e só agora podemos avaliar o efeito terrível causado pelos disparos de Artilharia. Montese é uma cidade deserta, envolta em ruínas. Em suas casas destroçadas as manchas de sangue assinalam a violência da batalha com que os alemães a defenderam. Mas a completa destruição de Montese ainda não terminou. Decorridas mais de 48 horas após a sua captura, os alemães continuam a bombardeá-la quase que ininterruptamente com artilharia e granadas de morteiros. A todo instante ouvem-se explosões dentro da cidade. Alguns 'tanks' destruídos, paredes caídas, uma bomba de avião que não explodiu, montões de escombros nas ruas, silêncio de homens cansados, eis o que é Montese, outrora uma das mais interessantes das pequenas cidades italianas. Sua torre principal está partida, o próprio cemitério está revolvido pelas bombas. Procurei em vão encontrar um habitante de Montese. Só deparei com portas destroçadas, leitos vazios, cômodos em desordem. Penso que, desde que começou a batalha pela sua posse, a população abandonou a cidade. Os brasileiros venceram os nazistas, entre os quais se achavam muitos prussianos, num combate verdadeiramente épico, depois de encontro de ruas, de casa em casa, onde ficaram mortos e feridos muitos combatentes nossos." Egydio Squeff, correspondente de guerra do jornal "O Globo". |
Tropa de Infantaria em progressão nas vizinhanças de
Montese
Foto escaneada do livro "O Brasil na II Grande Guerra"
Ten. Cel.
Manoel Thomaz Castello Branco
"A grande odisséia da Força Expedicionária Brasileira (FEB) em Montese teve início no dia 14 de abril de 1945 e assinalou o começo da ofensiva aliada da primavera, na frente do IV Corpo de Exército ( IV CEx), ao qual nossa 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE) estava integrada. A conquista do maciço no dia 14, ocupação no dia 15 e manutenção nos dias 16, 17 e 18 custou a FEB um saldo de 34 mortos, 382 feridos e 10 extraviados, configurando-se , com certeza, em uma das mais árduas e sangrentas vitória de nossos 'pracinhas'. Montese era um dos bastiões mais fortes da famosa linha defensiva 'Gengis Kan', estabelecida pelos alemães. Sua conquista significava o rompimento dessa barreira, o que contribuiria para a expulsão do inimigo do vale do rio Panaro, impedindo-o de oferecer resistência ao avanço aliado rumo à planície do rio Pó. A missão atribuída a 1ª DIE foi atacar aquela região e cobrir o flanco esquerdo da 10ª Divisão de Montanha do exército norte-americano. Compreendia duas fases bem distintas: a primeira era o lançamento de fortes patrulhas com o objetivo de obter o controle da primeira linha de alturas; a segunda consistia numa ruptura para conquistar a região de Montese- Montello. Apesar de depararem com um adversário valoroso, firme em seu propósito de não ceder terreno e consciente da importância de Montese para o seu sistema defensivo, as tropas brasileiras não desanimaram e cumpriram sua missão conforme planejado, conquistando ao final da tarde seu objetivo. Após essa memorável jornada que culminou com a conquista e ocupação de Montese, coube a tropa brasileira continuar cobrindo o flanco esquerdo do ataque e manter as posições heroicamente conquistadas, o que foi feito sob tremendo bombardeio inimigo. Isso possibilitou a 10ª Divisão de Montanha do exército norte-americano romper o dispositivo inimigo, por onde foram lançados elementos em aproveitamento do êxito. A missão estava cumprida! Terminava , assim, a epopéia brasileira em Montese. Façanha de muito sacrifício, valor e heroísmo de nossos pracinhas, que serve de exemplo e estímulo aos soldados de hoje. O sucesso brasileiro serviu para que o Comando aliado incentivasse as demais divisões e foi enaltecido por todos os comandantes aliados. O general Crittenberger, comandante do IV Corpo, assim sintetizou o feito da 1ª DIE: ' Na jornada de ontem, só os brasileiros mereceram as minhas irrestritas congratulações; com o brilho do seu feito e seu espírito ofensivo, a divisão brasileira está em condições de ensinar às outras como se conquista uma cidade'." Egydio
Squeff |
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Imagens da
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Cel. Iporan
Nunes de Oliveira em cerimônia realizada em São João d'El Rei, MG,
em 1967,
reverenciando os heróis de Montese.
Foto escaneada do livro "Frei Orlando, o
Capelão que não voltou", do Ten. Gentil Palhares
As Origens
Força Expedicionária
Brasileira
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